Interpretação Simultânea é o serviço em que o tradutor simultâneo ou intérprete simultâneo traduz o que o interlocutor diz em tempo real. Nesse serviço, os ouvintes possuem fones de ouvido e têm a opção de escutar a voz do interlocutor ou a tradução simultânea. Essa modalidade é usada normalmente em palestras, grandes reuniões multinacionais e congressos.
Existe ainda a interpretação simultânea, que é usada por canais de televisão, em que a tradução acontece enquanto o interlocutor está falando, muito comum em declarações de chefes de estado ou mesmo em eventos esportivos internacionais.
Como começou a Interpretação Simultânea
O ato de traduzir simultaneamente acontece desde o Egito Antigo. Documentos de 3000 A.C. possuem referências do que seria um supervisor de intérpretes, entretanto, a tradução não era exata e normalmente os intérpretes utilizavam mímica para transmitir o que estava sendo dito. A interpretação continuou dessa forma durante um longo período em mosteiros e sinagogas, espaços que abrigavam pessoas de vários locais diferentes. Era nesses locais, inclusive, que ocorreu a tradução de livros sagrados.
A Interpretação Simultânea como conhecemos hoje foi criada no Julgamento de Nuremberg (1945-1946), quando criminosos nazistas foram julgados pelos aliados. Como havia testemunhas, vítimas, juízes e advogados de várias nacionalidades, a tradução consecutiva (aquela em que o interlocutor realiza uma pausa e aguarda o seu discurso ser traduzido) não seria efetiva por conta da extensa quantidade de idiomas.
Por isso, foi realizado um pedido à IBM para que fosse desenvolvido um equipamento que permitisse a tradução simultânea de um idioma para vários outros, em que o usuário poderia escolher o idioma que iria escutar.
O equipamento teve poucas alterações desde então; sua primeira versão era mais pesada do que as versões usadas nos dias de hoje, mas as características principais são as mesmas.
Hoje a ONU utiliza da interpretação simultânea em todas as suas reuniões, possuindo não só os equipamentos necessários como uma equipe própria de intérpretes, o que possibilita que os participantes compreendam o que está sendo falado em tempo real, mesmo sem o domínio do idioma do interlocutor.